em partes,
em gotas,
em momentos...
Planeei ser eterno, constante,
e em tempo nenhum atingir o fim,
tive pressa, realcei o disfarce, o instante,
e desmedido quis todas as emoções só pra mim.
Tudo me tocou ao ritmo, e ao descompasso da fugacidade,
desviei-me do aconchego, afastei-me dos abraços,
beijei diversas bocas, dormi em varias camas,
acomodei em colos inertes, em almas estranhas.
Beberiquei gotas de fingimentos,
lagrimas dissimuladas de gratidão.
Tive momentos prazerosos, amores de curta duração.
E tudo foi pouco...
faltou-me a cumplicidade com tempo, com o amor.
Mas o destino, em desatino e magia, eterna loucura.
Colocou no palco da minha vida, uma louca bailarina,
que em fantasia, se faz mulher, se faz menina,
e com toda a avidez de afeto, com toda a sinceridade em ternura,
transforma tudo em contentamento, a todo o momento,
com todo o esplendor.
Hoje... envelhecido,
amo por inteiro,
ao todo,
com toda a intensidade, e tudo.
Tenho tido êxito em lograr o destino,
o iludo todos os dias, o seduzo todas as noites,
“ele acredita que meu amor terminará somente amanhã”
E assim sigo minha trilha:
Amo somente hoje, desmedidamente.
Como se amanhã... fosse o último dia
do amor.
Ari Mota
6 comentários:
Lindo texto, adoreii.
Beijoss
Meu querido amigo
Passando para te ler e deixar um beijinho.
Sonhadora
Moço, belo texto!
A idade nos dá essa prerrogativa, de amar desmedidamente, como se fosse o último momento.
A não deixar nada pra depois... Viver o agora com tudo que podemos e temos direito...
Beijos meus!
Querido amigo e poeta, devemos amar realmente como se não houvesse amanhã, hoje é o que temos de realidade. Lindo demais. Tenha um excelente final de semana. Beijocas
Fiz o caminho inverso, desde sempre amei inteiro, intensa e profundamente. Só concebo amor assim, só o conheço assim - curta duração tem a ilusão que se tem de amar...
Bjos, meu querido amigo.
Ari, desculpe a ausência.
Como sempre arrebatador.
Grande abraço,obrigado pelo carinho no Alucinações.
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