quarta-feira, 29 de outubro de 2025

REBELDIA


 












Verdade foi que...   
Vim de uma rebelião interna,
intentaram decidir o meu caminho e...,
inibir o encanto das minhas escolhas,
despejar em mim, o que não me pertencia,
tatuar na minha consciência tempestades alheias,
proibir a magia da minha própria solidão,
e me encher de dúvidas e vazios,
só eu sei,
mas..., eu tinha sede de vento, de despertar,
e passei a gritar bem alto, e ninguém ouviu,
só eu escutei.
 
E existir me pareceu um relâmpago,
e diante das vicissitudes... de repente entardeci.
Inda bem que... desobedeci a rituais, dogmas,
rasguei regras, e não acreditei em tudo vi,
não aceitei a rudeza do cotidiano,
e não dei importância para os olhares de desdém,
fui uma insubordinação silenciosa,
passei a edificar o meu universo,
que poucos residem e desfrutam dele,
fui ficando indiferente aos rótulos,
criei meu próprio algoritmo, tenho uma alma livre,
e nela guardo somente brandura,
e com a minha resiliência,
atravessei desertos que o medo não ousava ir,
Vim me aperfeiçoando,
não consentindo... ninguém me adoecer,
nem infiltrar nas minhas palavras,
e nada deixei alojar por dentro... sem eu permitir.
 
E assim foi o meu grito, a minha rebelião interna.
Fui me lapidando em silencio,
libertei de todos os paradigmas, não segui ninguém.
Sou o autor e a trama da minha história,
encantei com os amores que brotaram em mim,
e deles... nunca quis ir embora,
pois... cheguei para florescer e ser feliz,
ao lado dos que vibram afeto e me amam.
Obvio foi que fiz da minha alma um templo...,
a inundei de leveza, e sussurros de contentamento,
e chegar até aqui me foi um doce atrevimento,
uma insubordinação deliciosa,
e não faz muito tempo... passei a ser eu...,
fiquei indiferente às opiniões, ninguém me aprisionou,
e com o olhar... a tudo desobedeci,
e como ainda não cansei de existir,
olho no espelho, e vejo... que fiz tudo que pude,
enfrentei até os meus nadas,
e foi nessa travessia que... evoluí.
 
Ari Mota

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