Envelhecer
foi-me paradoxal...
em nada
encontrei lógica.
Para
crescer...
foi
preciso esvaziar a alma.
Para
enriquecer...
não foi
preciso amealhar coisas,
e fiquei
rico sem saber,
quase me
sufoquei com tanta riqueza.
E ela
veio de dentro,
estava
escondida na minha alma,
e foi
colossal.
Que
disparate foi envelhecer...
eu que
tinha certeza de tudo,
hoje
nada sei.
Eu que estava
aprisionado com a insensatez,
hoje
ando esbarrando com a lucidez.
Que
privilegio foi chegar até aqui,
foi tanta
vida, tanta emoção,
é que...
não me permitiram conhecer a solidão,
e tudo
amei.
O tempo
foi-me um desatino,
diversas
vezes... pedi... vá mais devagar.
É que
convivo com gente destemida,
que me permitem
estar onde estou,
e
entendem que eu... não iria brilhar em outro lugar,
senão com
eles...e aqui.
E esses
são... os três melhores humanos que conheci,
que
olham nos meus olhos,
falam
sem dizer uma palavra... que me ama,
e
levantaram-me todas as vezes que caí.
O
tempo... só ele... mais ninguém,
desconstruiu
a minha pequenez,
fez-me
silêncio... contemplação,
colocou
leveza na minha alma,
ensinou-me
a ter pela vida,
e por
tudo que vivi:
GRATIDÃO.
Ari
Mota.
domingo, 31 de julho de 2022
GRATIDÃO
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