sábado, 8 de dezembro de 2012

O FIM DO MUNDO

Verdade é, que...
não vejo à hora do mundo acabar,
para reconstruí-lo melhor...
germinar de novo, verdecer como quem procura aperfeiçoar o florir,
brotar, como se fosse refazer em florestas... os desertos de mim mesmo,
corrigir alguns descaminhos, antes de partir.
Não vejo à hora do mundo acabar... para tracejar um novo norte,
romper e abandonar os velhos paradigmas, e descortinar o inusitado,
nascer de novo, projetar uma convivência crível, límpida... forte.
Redesenhar o destino, redescobrir novas paragens, novos caminhos,
transpor tudo que obsta e reprime... o livre, o direito de não ter medo,
nem tão pouco de errar muitas vezes, em busca de outro desenredo.
Quero e preciso que... tudo que vi, e me impuseram... tenham um fim,
acabe, desabe como um temporal.
Que, ao devastar, arrasar... o faça, dilacerando as almas pequenas,
neutralizando o desamor, desconstruindo a indiferença, o descaso,
e a solidão dos homens.
Não vejo à hora do mundo acabar... mudar de sol.
Quero outros discursos, não preciso de novas promessas,
quero e preciso que... não toquem no meu jequitibá, nem nas borboletas,
nem mesmo nas minhas rosas vermelhas, nem espante o rouxinol.
Só preciso que a pequenez humana, seja reconstruída.
Esse é o tempo oportuno... para desvestir as mascaras e reinventar o sonho.
Na verdade, somos... construtores de nós mesmos, antes da partida.
Temos que encarar a vida apenas como um sentimento, uma aragem,
onde o ofegante fôlego venha como ventania,
trazendo equilíbrio e coragem.
Que... quando o mundo acabar, eu tenha multifaces para me recriar,
e fazer desta alma... renovação.
E que tudo depois do fim, vire começo... reinicio... contemplação.
E que seja destruída apenas a altivez descabida,
a arrogância dos que não aceitam as diferenças, e os olhares de desdém.
E por derradeiro... finde a insolência descomprometida.
Depois do fim... somente os que terão coragem em ser feliz, sobreviverão.
A vida não passa de um extravagante acontecer, uma exagerada fantasia,
e nada acaba... jamais termina...
ficará apenas, as almas inundadas de ousadia.
Não vejo à hora do mundo acabar... com todo o destemor,
como não tenho para onde ir, nem como fugir.
Depois do fim...
Resiliente que sou... em silencio,
vou reedificar tudo com amor.

Ari Mota

Um comentário:

Marilu disse...

Querido amigo,

O céu se iluminou,
a estrela apareceu,
os anjos entoaram louvores,
nasceu o filho de Deus.

Numa gruta em Belém,
veio ao mundo o Salvador,
trazendo em suas mãozinhas,
verdade, paz e amor.

Seu bercinho foi uma
manjedoura,
pobrezinha e frugal,
que as bençãos do Deus menino
se renovem neste Natal.

Desejo a você e a todos aqueles que mais ama, um
lindo e abençoado Feliz Natal. Beijocas