não vejo à hora do mundo
acabar,
para reconstruí-lo melhor...
germinar de novo, verdecer
como quem procura aperfeiçoar o florir,
brotar, como se fosse refazer
em florestas... os desertos de mim mesmo,
corrigir alguns descaminhos, antes de partir.
corrigir alguns descaminhos, antes de partir.
Não vejo à hora do mundo
acabar... para tracejar um novo norte,
romper e abandonar os velhos
paradigmas, e descortinar o inusitado,
nascer de novo, projetar uma
convivência crível, límpida... forte.
Redesenhar o destino, redescobrir
novas paragens, novos caminhos,
transpor tudo que obsta e
reprime... o livre, o direito de não ter medo,
nem tão pouco de errar muitas
vezes, em busca de outro desenredo.
Quero e preciso que... tudo
que vi, e me impuseram... tenham um fim,
acabe, desabe como um
temporal.
Que, ao devastar, arrasar...
o faça, dilacerando as almas pequenas,
neutralizando o desamor,
desconstruindo a indiferença, o descaso,
e a solidão dos homens.
Não vejo à hora do mundo acabar...
mudar de sol.
Quero outros discursos, não
preciso de novas promessas,
quero e preciso que... não
toquem no meu jequitibá, nem nas borboletas,
nem mesmo nas minhas rosas
vermelhas, nem espante o rouxinol.
Só preciso que a pequenez
humana, seja reconstruída.
Esse é o tempo oportuno...
para desvestir as mascaras e reinventar o sonho.
Na verdade, somos...
construtores de nós mesmos, antes da partida.
Temos que encarar a vida
apenas como um sentimento, uma aragem,
onde o ofegante fôlego venha como ventania,
trazendo equilíbrio e
coragem.
Que... quando o mundo acabar,
eu tenha multifaces para me recriar,
e fazer desta alma...
renovação.
E que tudo depois do fim,
vire começo... reinicio... contemplação.
E que seja destruída apenas a
altivez descabida,
a arrogância dos que não
aceitam as diferenças, e os olhares de desdém.
E por derradeiro... finde a
insolência descomprometida.
Depois do fim... somente os
que terão coragem em ser feliz, sobreviverão.
A vida não passa de um
extravagante acontecer, uma exagerada fantasia,
e nada acaba... jamais
termina...
ficará apenas, as almas
inundadas de ousadia.
Não vejo à hora do mundo
acabar... com todo o destemor,
como não tenho para onde ir,
nem como fugir.
Depois do fim...
Resiliente que sou... em
silencio,
vou reedificar tudo com amor.
Ari Mota
Um comentário:
Querido amigo,
O céu se iluminou,
a estrela apareceu,
os anjos entoaram louvores,
nasceu o filho de Deus.
Numa gruta em Belém,
veio ao mundo o Salvador,
trazendo em suas mãozinhas,
verdade, paz e amor.
Seu bercinho foi uma
manjedoura,
pobrezinha e frugal,
que as bençãos do Deus menino
se renovem neste Natal.
Desejo a você e a todos aqueles que mais ama, um
lindo e abençoado Feliz Natal. Beijocas
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