Não almeje dimensionar somente as coisas da conquista,
o prazer do desfrute, o despender da moeda,
a insensatez do consumo.
Não devore o tempo como se fosse o último instante,
não desfoque o rumo,
nem o viva com se eterno fosse.
Pondere os saltos, os delírios,
a embriagante jornada de estar aqui.
Seja prudente nos vôos...
mas salte profundo somente para dentro de si mesmo.
Mas antes de tudo...
Vislumbre planear o tamanho da luta,
saiba secar o suor que destila, a carne que sangra,
aceite as batalhas que se perdem, não fuja da disputa.
Suporte os medos dos duelos e a solidão dos combates,
desmistifique os vazios que acampam na alma,
plante ali mudas de resiliência.
Resista às ventanias do existir, e ao cheiro da terra quando cair.
Ataque a inércia, a indolência... sem se perder pelo caminho,
e siga seu destino sem se sentir sozinho.
Mescle o riso com a sisudez, simplicidade com altivez,
impetuosidade com calmaria, prudência com loucura
tristeza com alegria, rudeza com candura.
Olhe com delicadeza para você, e para o mundo,
e pelo que já conquistou... que tudo será muito simples,
às vezes em um segundo
a vida que é amor...
finda,
e pode não dar tempo de ser feliz
ou de dizer adeus.
Ari Mota
4 comentários:
Ari, relendo cada sentença, fui sentindo a profundidade de tuas palavras, o quanto a gente se embrenha pelas emoções e delas/por elas, renasce!
Com tua licença, vou levar mais esta inspiração para compartilhar.
Um grande abraço!
Um ótimo dia pra vc!
Sempre alcei voos muito altos, não estando preparada para eles.
Já caí de tão alto etão feio que ne sei como sobrevivi.
Queria ter essa consciencia enquanto galgo meus degraus mais uma vez...
Beijo, Ari
SEU BLOG É EMOCIONANTE.
Ari!!
Suas palavras tocam profundamente.
Tens uma alma linda,linda e pura.
Que bom que existes.
Obrigada pela visita e pelo carinho.
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