Eu não
entendia de temporal,
nem de
ventania,
nem que
a rudeza do cotidiano...
poderia
me machucar,
e sem
conhecer das travessias:
Fui...
desvendar
os sonhos,
sem
bagagem,
sem
saber onde... ir.
E fiz da
inocência...
a minha companhia.
- Eu não
entendia de ir sozinho,
nem
das horas de solidão,
nem da
dimensão da estrada.
Mas... bom
mesmo que...
em uma
curva do destino,
uma
bailarina louca...
agarrou
na minha alma,
e
passamos um a construir o outro,
e foi
muito atrevimento... viver assim,
e fui...
fui mais longe,
conhecer
da minha imensidão.
- Eu não
entendia do caminho,
nem dos
desertos que ira encontrar,
nem da
aridez das pessoas.
Mas...
adotei o silencio,
escondi
os sonhos,
ocultei-me
do mundo,
e fui...
e na
hora do desespero,
mergulhei
em mim mesmo,
fui me
permitindo... apenas continuar.
- Eu não
entendia do que levar,
amealhei
tantas quinquilharias em vão,
e tudo
me pesou em demasia,
com o
tempo descartei os meus excessos,
e passei
a carregar tão pouco,
hoje não
levo nem a certeza,
e nem as
minhas dúvidas... deixo tudo fluir,
como se
não houvesse o outro dia.
Hoje...
cuido da minha alma,
a inundo
de amor,
e os
meus olhos... de contemplação.
- Como
ainda... tudo me é... teimosia,
pactuei com
a alma, não falarmos de... fim,
e não
posso admitir outra coisa, senão seguir,
embora...
e as vezes, o tempo me olha com desdém,
e eu nem
ligo... eu nunca desisti de mim.
Ari Mota
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
NUNCA DESISTI DE MIM
Marcadores:
NUNCA DESISTI DE MIM
Assinar:
Postagens (Atom)