O que me
salvou, foi não ter certeza...
- De
nada.
Revesti-me... de todas as dúvidas possíveis.
E crível...
só foi o que encontrei por dentro... de mim.
E foi
uma vagareza sem fim,
tardou
uma vida,
quase
desisti.
E hoje
sei que:
- Livre
é o homem que jamais recusa ser o que é.
E assim,
sou eu...
Incompleto
e aprendiz.
E
inexorável foi-me o destino,
não sei
se me ofereceu tanto,
só sei
que tirei proveito de tudo.
Embebedei-me
de poesia,
embrulhei-me
de silêncio,
e
transcendi a todas as solidões,
e a vida
por diversas vezes,
quase me
fez perder o folego,
algumas
lagrimas desceram pelo rosto,
mas...
hoje por ter tantos amores,
sou
louco e feliz.
O que me
salvou foi só ter a certeza,
que o
meu amor é um tanto diferente.
E ele
não esconde nos meus olhos:
- ele um
dia se apagará.
Nem no
meu abraço:
- ele irá
enfraquecer.
Nem no
meu toque:
- ele
pode ser fugaz como um temporal.
Nem nas
minhas palavras:
- elas
podem desaparecer com o vento.
Nem adormecer
no meu coração:
- ele um
dia deixará de existir.
O meu
amor se eterniza em outro... lugar,
vou te
amar com a minha alma:
- Nesse
lugar sagrado... nesse templo.
E estará
comigo em todas as outras vidas,
e nesta...vou
sussurrar baixinho “eu te amo”,
até
quando eu partir.
Ari Mota