Não sei
mais...
Se, foi
fácil ou não, chegar até aqui.
Lembro-me
bem quanto... intrépido fui,
ao fazer
as minhas escolhas.
E talvez
eu tenha só perdido,
a
imensidão do caminho,
ou na
interseção do destino,
quando
com delicadeza
atravessei
os meus desertos,
a
procura de um amor, e de sonhos,
que de
tanto, tudo se perdeu na lembrança,
e o fiz...
só para não seguir sozinho.
Só sei
que...
faria do
mesmo jeito,
até a
mesma estrada utilizaria,
e
enfrentaria todos os temporais,
que
enfrentei.
Não
editaria nenhuma das paginas,
que
escrevi.
E ratificaria
todas as histórias,
que vivi.
Amaria
as mesmas pessoas,
que amei
E
beijaria a mesma boca,
que
beijei.
Só sei
que tudo me foi...
Resiliência...
e emoção,
e o que
me restou foi arrastar,
tudo
para dentro da alma,
e de
mim... fiz contemplação.
E
continuo assim, ávido pela vida,
ouvindo pelas
manhãs o bem-te-vi,
rock and roll, blues,
Albinoni, silêncio e ventania,
e no por
do sol escrevendo a minha poesia.
E assim venho
negociando com o existir,
até pactuei
distancia com a solidão.
Também
pudera...
Quatro
dos melhores humanos,
orbita
em mim.
E eu os
nomeio como:
Uma
bailarina louca e três borboletas.
E assim
eu vivo e todos os dias me redesenho.
As
borboletas amenizam a rudeza,
e a
aridez da estrada.
E a
bailarina com toda a sua lucidez e loucura,
ensina-me
a não contar o tempo,
- só
contar os sonhos, que ainda tenho.
Ari Mota
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
PAREI DE CONTAR O TEMPO
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