Verdade
foi que...
eu não
me dei ainda,
com a
sua imensidão.
Quando
lhe vi... encantei-me,
quase
enlouqueci,
com
tanta ternura.
O seu
olhar me tomou por dentro,
você me
olhou com olhos de outras vidas:
Aquelas...
que não tive tempo de despedir,
e fui
embora.
Aquelas
mal resolvidas,
aquelas
que nos perdemos pelas circunstâncias,
aquelas
esquecidas pelas distâncias,
aquelas...
que me virou pelo avesso,
e me
restou à solidão.
Confesso
que...
eu não
me dei ainda,
com a
sua beleza,
nem com
essa luz que brota dos seus olhos.
Você
chegou arrastando estrelas,
querendo
segredar-me o que foi vivido,
sem
derramar os silêncios que teve,
as
ausências que experimentou.
E
ofereceu-me certeza,
e
contentamento,
olhou-me...
com olhos de amor,
extasiando-me...
em noites de delicadeza.
Quando
você me olhou...
eu não
me dei ainda,
com o
esplendor dos seus olhos,
nem que
eles estavam falando comigo,
dentro desse
seu... encarar que me humaniza.
- Só
agora... esbarrando um no outro,
com a
alma,
que
percebi os sussurros,
que
escapam desse terno olhar,
que
ainda me reconhece, e quer o reencontro.
Quando
você me olha...
eu não
me dei ainda,
com a nitidez...
do que é isso,
- Só sei
que me... eterniza.
ARI MOTA