Podes
até roubar um segundo do tempo,
chamá-lo
de seu.
Mas,
não demores muito,
se
nele não tiver encanto.
Podes
até achar que ele é apenas um instante,
efêmero
como um vendaval.
Mas,
não acredites em sua intensidade,
se
ele não carregar delicadeza.
Assim...
é o existir,
às
vezes tem o tamanho de um “agora”,
a
beleza de um relâmpago,
e
tudo pode mudar...
-
saiba o que fazer com o que já viveu.
Atenha
aos ventos ocasionais,
esses
que chegam em silêncio, e a esmo,
esses
brandos, suaves e inocentes,
que
às vezes arrastam uma neblina densa,
e
sutilmente umedece a alma,
fazendo
gotas distraídas caírem face abaixo,
implorando...
recomeços,
suplicando...
o repaginar dos sonhos,
o
equilíbrio com as estrelas,
e
a transcendência de si mesmo.
E
existir é isso...
É
um manobrar entre o medo e a intrepidez,
é
entrelaçar entre a coragem e o desistir,
entre
o abandono e o desejo de amar,
é
entender de lonjura e admitir a solidão,
e
depois transitar com equilíbrio entre as duas,
diminuindo
a profundidade do desespero,
e
se revitalizar todos os dias,
sem
se machucar.
Regresse
sempre...
A
alma é o único porto para se voltar:
-
regresse em ti.
Ari
Mota
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
REGRESSE EM TI
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