Ao perceber
que o frescor da alma...
desmaia
em noites de desespero,
e uma
estreiteza desponta por dentro,
saqueando
o riso,
desconstruindo
a brandura,
roubando-lhe
a quietude,
criando
uma aflição incomum,
- não
desaponte os sonhos.
Isso tem
cura:
O que será
preciso é... desvestir-se,
de tudo
que incorporou vida afora,
é hora
de despojar de todos os paradigmas,
procurar
outra estrada,
diferenciar...
não ser mais um.
Se for
preciso...
fuja de
tudo que te inutiliza,
dispa-se
desses seus disfarces,
daquilo
que você não é,
dos
medos que te atemoriza.
Desconstrua-se
para não adoecer.
Em vez
de...
potencializar
a dor,
loucure-se...
passe a carregar leveza,
pressentir
o instante,
a grandeza
das coisas simples,
e não
permita a fugacidade do tempo,
subtrair-lhe
um grande amor.
Em vez
de...
estigmatizar
o lamento,
silencie
em vez de desatar o grito,
não dê,
a saber, a muitos, os seus desassossegos,
cada um
tem a sua historia,
desaposse
da sua verdade,
viva
como se estivesse indo aonde o vento sopra,
espalhe elegância...
espalhe atrevimento.
Descontrua-se...
Como se
fosse um… desfolhar,
mas, não
perca o viço... o fulgor,
e nem o
fim,
ressurja
com toda a sua exuberância,
com toda
a sua resiliência,
volte
maior,
diferente
do que foi... melhor,
inda
tens muito para amar,
e
tempestades para transpor.
Ari Mota