Se um dia romper de dentro um soluço descomunal,
como se fora um choro em descompasso,
um desespero em aflição.
E em sobressalto se ver no meio de uma tormenta,
uma ventania sem igual,
e descomedir-se no abandono,
vitimar em solidão:
Será preciso que se baste por si só, suporte a dor,
tolere a inquietação das perguntas,
e admita a verdade das respostas,
e depois compreenda o gotejar das lágrimas em confusão.
Tudo passa... nada permanece, tudo é cíclico,
somente perpetue na alma... suas escolhas,
e primaz que seja... ser feliz.
Portando, arrume-se para... depois das lágrimas,
e por falar nelas... não as deixem... rolarem para o chão,
chuvisque-as no seu existir, como regasse uma flor,
regasse sua própria alma,
porque depois das lágrimas,
você pode ser tocado
profundamente
pelo amor.
Ari Mota
4 comentários:
Uma bonita descrição do que é tornar-se resiliente, meu amigo.
É um processo, visto que nada permanece porque estamos em freqüente mudança - e tudo passa, transforma-se, como a dor que cede lugar ao amor...
Uma ótima noite de sonhos regados a carinho, sem inquietações!
maravilhoso!!!
"Não haveria sol se não fosse a escuridão..."
As lágrimas são remédio para a alma.
Ari, que belo texto meu amigo.
Estive ausente desse espaço que tanto me ensina, mas já estou de volta às leituras, lerei todos os seus textos.
Grande abraço.
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