Até tentei...
Já fiz alguns ensaios, já provei o sabor da solidão,
esbocei um projeto de fuga, até uma rota ao meio da madrugada.
Experimentei o gesto do adeus,
e a dor da partida... da despedia em aflição.
A mala por diversas vezes ficou pronta, escondida atrás da porta.
Mas, tudo ficou no desassombro do vazio,
na incerteza de um dia ter que voltar:
Atrás do seu jeito... do seu olhar,
do seu calor que sempre me aqueceu no frio.
Da embriagante fragrância do seu corpo.
Até tentei...
Em desespero... inventei viver sozinho,
fingir amparo sem seus beijos,
abrigo sem seus abraços,
e refugio sem seus desejos.
Já ensaiei a estupidez do abandono,
e até quis abandonar o adeus e partir,
pensei em renunciar o fim, e ir embora,
sem soluço, sem lagrimas, sem despedir.
Até tentei...
Mas... Minha alma, sempre grita... a sua ausência,
esmurra meu peito... te chamando,
querendo seus chamegos,
clamando o seu amor.
Até tentei...
Não
consigo
andar
sem
você.
Ari Mota