Se fores acometido por um temor exacerbado,
e deter-se espiando a porta,
a espera de uma desventura ou um infortúnio adentrar
e invadir seu existir,
e acercar-se de criaturas que cultuam a tragédia,
o desassossego, o fel,
e untar-se de sentimentos que obste os vôos,
o espontâneo e cerceie o riso,
e não mais que possível, e ainda, não gozar do desimpedido, do isento,
e não conseguir caminhar só,
independer-se das sentenças sociais,
resguardar-se das opiniões nefastas, acautelar-se do julgo gratuito,
e consentir que o medo impeça o caminhar,
e os outros ofusquem o seu sonhar.
Você precisa mudar...
Você necessita de uma reengenharia que possa realimentar a alma,
realinhar a esperança, expor toda a sua intrepidez,
permitir uma nova releitura da própria trajetória,
de si mesmo.
Redesenhar os planos do fim, redescobrir os começos.
A sutileza do silencio, rir sem gargalhar, ver sem olhar,
e, sobretudo redefinir a intensidade dos amores, do amar.
Se fores acometido por delírios indefiníveis,
e deter-se espiando para dentro, procurando respostas,
e perceber sua alma em festa... bailando com uma louca bailarina,
ao som de uma orquestra de borboletas azuis, ao luar.
Não... você não foi acometido por loucuras,
nem por devaneios de poeta.
A felicidade fez morada dentro de ti... e você não percebeu.
Só lhe resta o abandono do medo, o reaprender do amor
e a intrepidez para ser feliz.
Ari Mota
5 comentários:
Querido poeta, com a vida agitada que as pessoas levam hoje em dia, é perfeitamente normal, quando sentimos essa sutileza, essa alegria da alma,muitas vezes achamos que não estamos bem. E ai nos questionamos pq tanta felicidade? Precisamos mesmo abandonar o medo e ser feliz...Beijocas
Querido amigo...maravilhoso poema...
É preciso abandonar o medo, o ligar-se ao que não nos faz bem...para preenchermos cada espaço de nós com amor...e deixar ele expandir de tal forma que possamos descobrir a felicidade...
Que seu final de semana seja sereno e pleno de alegrias...
Beijos...
Valéria
a liberdfade é isto. A capacidade para exprimir o que se sente sem eufemismos...
Os momentos desenham nossas histórias, alguns, repletos de medo, dor, desesperança e desvalia. Estes, atiram ao longe a felicidade, que não reside junto ao tumulto da tristeza...entretanto, aqueles que derramam a graça, inundam de riso, fertilizam de esperança e sonhos realizados, recebem a felicidade para abrigar em seu seio - vida vivida, embora sofrida...
Lindo Ari. Os polos não precisam estar na vida, ou a vida balançar, perigosamente, neles...
Beijos, ótimo domingo!
Com certeza só dando a cara ao mundopodemos ter força necessária para caminhar . Abraços, caro poeta.
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