sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

UM LIVRE AMOR

















Eu não a quero como empréstimo, uma coisa que devolve,
não quero tê-la com a obrigatoriedade de restituição.
Não a quero como uma coisa, um objeto banal,
um sentimento lacônico, um ficar, uma breve emoção,
um talvez, um beijo conciso, um olhar de curta duração.
Eu a quero livre, sem proposta, sem troca, sem dar ou receber.
Que possamos conjugar nossas almas, nossos dias e noites.
E que nossa convivência não crie ressentimentos,
que não ajam subterfúgios na hora da verdade.
E que cada um saiba reverenciar os desejos e sonhos um do outro.
Que vivamos sem desculpas evasivas, crises existenciais.
Não a quero pra mim...
Eu preciso que fique ao meu lado, a vida toda.
Sem perder a vivacidade do estilo, e o brilho que lhe é peculiar.
Mas, preciso que permaneça sem amarras, sem correntes.
Quando me abraçar, e meus braços envolve-la... te aquecer.
Não lançarei âncora, para nunca zarpar sem destino.
Quero que voe, que decole a qualquer hora, qualquer dia,
que suas asas possam pulsar quando bem entenderes.
Não quero presa a mim, nem eu a você.
Se um dia resolver ir embora... vá me amando...
Só preciso que me ame.
E eu à você.



Ari Mota



3 comentários:

  1. Lindo post, caro amigo!
    Lindo poema de amor!
    Beijos, flores e muitos sorrisos... e os votos de um fim de semana memoravel! :o)

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  2. Ari, escreveste o amor sincero, pois absteve-se das amarras.

    Que bonito.

    Bjo.

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  3. Vim retribuir a visita, o abraço, desejar um bom fim de semana e também "te ler" um pouco, pois gosto muito do que escreves.
    Amor incondicional, é o amor em sua essência, a mais bela forma de amar.
    Té mais.
    Abraço.
    Eloah

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