domingo, 28 de fevereiro de 2010

A LÂMPADA E A VIDA


A vida por analogia... parece uma lâmpada acesa,
com correntes elétricas que flui continuamente do positivo para o negativo,
e que incandesce um filamento de tungstênio, e se faz luz.
A vida por analogia... tem suas correntes elétricas,
que as chamo de sentimentos, e são positivas e negativas,
e que incandesce a alma, e também se faz luzir.
A vida por ser demais... oferece-nos o livre arbítrio,
e teremos que pautar nossa trajetória em dois caminhos,
um... vamos delinear a intensidade do amor, e da doação,
o outro... vamos expor nossa consciência nociva e nosso desamor.
E a vida vai nos recepcionar conforme nossa apresentação,
poderemos assumir qualquer dos papeis, no teatro da existência.
A vida na verdade, será sempre uma lâmpada acesa,
e a escolha será sempre nossa... construir ou desconstruir.
A lâmpada terá uma vida útil, e após... a jogamos no lixo.
Nossa alma é infinita, imortal, jamais poderemos desfazer-se dela,
e o filamento que a faz incandescer-se, chama-se consciência.
A vida por analogia... parece uma lâmpada acesa,
e que nosso foco possa ampliar e iluminar vidas,
e não permitir a escuridão a quem quer que seja.
Que nosso foco ilumine o amor,
a tudo e a todos.

Ari Mota

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O REGENTE













Transite pela vida com reservas, olhe com ternura,
mas desacredite em palavras prontas.
Evite os que manipulam sentimentos, lidam com facilidade com as palavras.
Evite os que querem reger seus passos e sonhos.
Evite as invencionices sociais, conceitos pífios e regras tendenciosas.
Evite ter que decidir em segundos... na vida sempre haverá um amanhã,
e depois do sol, quando a alma repousar, encontrará a verdade...
nem que seja somente a sua.
Evite os gritos, os desesperos e desesperados.
Ame o silêncio...
Transite compassadamente pelo dia... sem medo.
Não olhe com superioridade e não permita que o façam com você.
Transite como um regente da própria vida.
Seja o maestro dos seus sonhos, direcione a batuta para a sua alma.
Componha a sua melodia, transcreva a sua partitura,
e que em versos possa apresentar no palco da vida... o seu show.
Transite pela vida como uma estrela em noites de luar.
Seja o maestro de si mesmo.
Com amor.

Ari Mota

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SONHOS DE UM POETA



Confrontar um Engenheiro e um Poeta é singular, quase irrevogável,
na essência, um fala em exatas, o outro na sutileza do viver,
ambos... buscam o segredo da vida, a volatilidade da existência,
e o antagonismo das idéias e opiniões, resulta em beleza, e amor.
Tenho um amigo Engenheiro...
descreve com propriedade sobre a água em nossas vidas,
e diz, que dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio compõem a água,
que são  70 % do nosso corpo.
Disse-me que 99% da água do planeta é salgada, e somente 1 % é doce, potável,
e que ela é a fonte da nossa existência.
Como a vida não me quis como Engenheiro, tornei-me Poeta.
Nossos percentuais são iguais, diferem na interpretação,
entendo que 70 % das almas vagam pela vida sem uma fonte de desejo,
e que 99 %  delas, morrem de medo da liberdade e que somente 1% sonham.
Como Poeta... e respeitando o Engenheiro:
Entendo que a  fonte da vida é o sonho...
Portando... sonhar é alimentar a alma eternamente.
Tenho sonhado desde menino.
E meu sonho é possível, viável.
“Sonho jamais perder a capacidade de amar.”

Ari Mota

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O TRAPEZISTA


Houve um tempo em minha vida, que fui trapezista desvairado.
Desesperado apresentava-me na arena da vida, como um deslumbrado afoito.
Vivia apresentando-me no palco social com acrobacias deselegantes e desritimadas.
Sem técnica despencava das alturas, e a rede de proteção sempre me amparava.
Quis o aplauso antes do aprimoramento, cai varias vezes.
Como buscava notoriedade, de um balanço ao outro, me lancei até como palhaço.
Não calculava o risco, nem conhecia o medo.
Parece que não... mas foi o tempo do crescimento, sobrevivi.
Hoje...
Entro no circo da vida e quando na arena não busco o publico e nem aplausos.
Eu e minha alma só buscamos harmonia e sensatez.
Quando no trapézio da vida, equilibro-me com mais solidez, mais consciência.
Hoje, retiro a rede de proteção e subo com os olhos vendados.
Em silencio imagino o alvo, e salto... para a vida como se fosse o ultimo vôo.
Sei dos riscos e continuo não tendo medo... por isso sou um eterno aprendiz da vida.
Salto...
Sempre para dentro de mim mesmo em busca de liberdade.
Se cair... e o destino não me permitir continuar como trapezista,
Vou ser poeta nas estrelas.

Ari Mota

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O RETROVISOR


Minha vida transcorreu até agora em dois tempos,
quando despertei para o mundo, instalei um retrovisor ao meu lado.
Na medida em que ia passando os dias e as coisas, e minha vida fluía,
sempre, e em quase todos os momentos olhava no retrovisor da minha existência,
procurava ganhar velocidade, e em busca... dobrava em todas as esquinas,
passava fugazmente em todas as avenidas e ruas... sempre sem destino.
Afoito corria desesperado pelas auto-estradas em busca de essência,
e o retrovisor era consultado incessantemente, olhava mais para ele do que para frente.
E fui deixando para trás alguns valores, algumas pessoas, alguns amores,
e via ao longe desaparecer dos meus olhos toda uma vida.
Como eu tinha que chegar... não sabia a onde? O que fazia era acelerar.
E em uma dessas curvas da vida, perdi o retrovisor,
passei a ter somente como visão, a parte frontal do meu caminho.
Perdi a referência do passado, e por onde andei...
Reconheci e reencontrei com a saudade,
fez-me falta valores, pessoas e amores,
aprendi que o meu caminhar, embora olhando para frente,
é uma estrada que me leva para dentro... dentro da alma.
Nada adiantará os retrovisores, e o que deixei para traz,
se no final da jornada prestarei contas da minha viagem.
Hoje ando sem retrovisor... olho somente para frente,
e para dentro da minha alma... para não me perder
e me encontrar.

Ari Mota

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A ALMA



Falta-lhe... ouvir a alma.
Esta angustia que carregas no peito,
é a desconexão que tens com ela.
Escute-a, seu sinal é quase impercebível,
sempre ela nos acena, sem cenas gestuais.
E as vezes, e sempre em metáfora,
fala conosco durante toda a vida,
e nós não a entendemos.
Sua alma não é uma sombra que te acompanha,
ela indelevelmente te sustenta.
Seu espectro na parede pode não representar sua imagem,
esteja em sintonia com suas vontades e desejos,
ela tende a nos levar a felicidade.
Você é apenas esta beleza exterior,
ela é a sua interior.
Se apegue a ela intensamente,
valse madrugada adentro... rosto colado ao dela,
ame-se fervorosamente,
apaixone-se loucamente,
entregue-se em abraços aos braços dela.
Caminhe suavemente nos entardeceres com suavidade.
Procure a paz que você merece e ela também.
Sua alma não é uma sombra que te acompanha,
ela é sua beleza interior.
Olhe para ela com ternura,
que ela te alicerçará eternamente...
com amor.

Ari Mota

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O AMIGO CADEIRANTE



Passei em frente à casa de um velho amigo, ele não estava.
Anos atrás sofreu um grande acidente...
Mas, sua alma o carregava no período de coma... e ele resistiu.
Perdeu todos os dados do celebro, lhe restou somente à alma,
Iniciou a maior batalha da sua existência, recompor o que perdera,
como o seu celebro estava vazio, teve que recadastrar toda a sua vida,
reaprendeu todos os sentidos... inclusive amar.
Teve que reconstruir todos os amigos, e recuperar sua história,
e em fazendo encontrou vazios, abandonos e ausências.
Aceitou algumas perdas outras ainda não, trava combates para vencê-las.
Perdeu... amigos, amores, planos, houve um dia que não encontrava nem a esperança.
Mas ele, sabemos, não tem uma vida comum como a nossa... ele insisti,
faz mais para sobreviver que qualquer um... e não se considera um sobrevivente,
e nem exemplo de nada, apenas entende que este é o seu papel, é o que pode fazer.
Disseram-me, que uma metamorfose apossou-se de sua alma,
e que doravante só lhe resta ser feliz...
E que tem retirado lá dentro do peito um sorriso jamais visto,
faz festa consigo mesmo diante do espelho,
e passou a olhar para os outros com amor,
para a vida com ternura,
e para o destino... sem odiá-lo.
Passei em frente à casa de um velho amigo, ele não estava.
Mas, deixara uma placa na porta,
“aqui a tristeza pula de alegria”
Terminei meu dia feliz... e ele também.

Ari Mota

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

PIERRÔ APAIXONADO



Vai-se ao longe a festa...
Eram batalhas de confete, ataques de serpentinas,
eram beijos roubados as pressas e desejos em surdina,
carnaval de encantos, de pura magia...
Fui Pierrô apaixonado em noites de marchinha,
como uma rosa vermelha, tomei seu corpo aveludado,
e bebi no cálice da paixão, e valsei toda a madrugada,
e o clube nos recebia em júbilo... és minha eterna colombina.
Hoje...
Desprendeu-se da alegria, desgarrou-se da folia,
sem olhares de ternura... copo na mão,
festa química, fugaz, irascível... vazia de amor,
ninguém sai dela apaixonado, uma ilha de desencontro,
olhar em desvario, desfile das almas em solidão.
Tanto riso... quanta saudade...
Inda bem...
que eu, minha louca bailarina e algumas borboletas,
vamos ficar na montanha mais alta das Gerais... e bailar noite inteira.
Tudo em nome do nosso amor que é eterno.

Ari Mota

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O RESPEITO


Tenho dois amigos de infância, ambos envelhecidos como eu,
lembram-me da distancia entre eles...
 
Um preso aos sonhos e caminho dos outros... o outro livre.
Um deles enroscava-se em sentimentos alheios, emoldurava-se na janela da vida,
aprisionava-se a outros olhares, tomava poeira dos que estavam em sua frente:
só para segui-los, ou tentar conduzi-los pelos destinos da existência.
Ele sempre procurava saber de nossos amores, segredos, e nossa essencialidade,
na verdade ele intervinha em nossas vontades, em nossos desejos, em nossos vôos.
Ele nos olhava... como um tratador de ovelhas, e nós, só o queríamos como um amigo.
Dia desses... o encontrei berrando num galpão, com uns incautos... e um Deus surdo.
Tive a impressão que não mudara... continua como tratador de ovelhas.
Quando jovens tínhamos sonhos diferentes, caminhos difusos.
Mas, o outro amigo “o livre“, não é melhor nem maior... é ele.
Suscita a individualidade, aspira somente carregar sua própria alma,
caminha solto, sem amarras, nunca prendeu ninguém a sua vontade,
venera o livre arbítrio, permeia os vôos e os saltos sobre os abismos do medo,
respira o acaso do sorriso e jamais ofusca o brilho de outras almas, vive desatado.
O encontro sempre... recebe-me com um beijo na testa... é puro como uma borboleta.
Nunca quis acessar minha intimidade.... nem direcionar meu rumo, meu destino,
ele é meu melhor amigo... não sabe nada de mim... nem eu dele.
Há uma convivência pacifica entre nossas diferenças,
e de comum... o respeito.

Ari Mota

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O ÚLTIMO DIA



Desperte e recepcione o dia como se fosse o último.
Olhe para você pelo menos hoje.... com ternura.
Olhe para os seus amores... despeça apenas com o olhar.
Faça como se não pudesse voltar...
E que estaria indo para uma viagem sem volta,
e que não caberia no porta-malas: coisas e nem ressentimentos.
E que sua vida seria apenas e tão somente o que deixou... o que fez.
Os bens não terão valor... não serão heranças.
E que possa reavaliar o que viveu...
Os valores serão os seus sentimentos e seus carinhos.
Desperte como se fosse o último...
Recepcione o dia como se fosse o primeiro e o derradeiro.
Transborde de alegria, insista em ser feliz.
Reinvente seus sonhos, seu andar, faça crescer a alma.
Não transite pela vida como uma coisa menor,
encante seus pares, seus amigos, relacione com o mundo.
Viva o dia como único e último, não desperdice emoções,
desperte a própria alma, não a deixe escondida dentro do peito.
A vida não é um risco... se veio para amar.
Recepcione seu dia, sua vida... faça festa no seu viver.
Desperte o amor que você aprisionou dentro da alma.
Não desperte com ressentimentos de ontem,
e não os leve para o amanha.
Transite pela vida isento de magoas,
desimpedido para amar.
Viva seu último dia com amor,
ele o tornará eterno.

Ari Mota


sábado, 6 de fevereiro de 2010

EU TE AMO



Sonhei... que...
ouvia vozes vindas da alma, murmúrios, ecos do passado,
palavras de outras vidas, sentimentos perdidos no tempo,
declarações não feitas ou não ouvidas, vozes ao vento,
ou não tive tempo ou o tempo não me permitiu, gritei e ninguém me ouviu.
ouvia vozes... eram gritos de outras existências,
gritava por amor e de amor... sozinho, perdido na imensidão do nada,
não entendi o sonho...
Mas, compreendi o sinal que a vida me enviou...
Então...
minha alma sussurrou-me docemente que eram lacunas de sentimentos,
declarações esquecidas, manifestações não verbalizadas,
as palavras brotavam incessantemente... vinham de dentro.
Corri nos livros e traduzi todas elas... e diziam “Eu te amo” em varias línguas:
Ek het jou lief  - Africano
Te dua – Albanês
Ich liebe dich – Alemão
Ana behibek – Arabe
Wo ai ni -  Chinês
Jeg Elsker DIG - Dinamarquês
Te quiero - Espanhol
Afgreki' - Etiópia
Mahal kita - Filipino
Je t'aime, Je t'adore - Francês
S'agapo - Grego
Aloha wau ia oi - Havaino
Ik hou van Jô - Holandês
Hum Tumhe Pyar Karte hae - India
I love you - Inglês
Ti amo - Italiano
Aishiteru – Japonês
Ro Haihu - Guarani
Jeg Elsker Deg - Norueguês
Ya tebya liubliu - Russo
Acordei assustado, tremulo... será que vivi tantas vidas,
em tantos lugares e não pude dizer “ eu te amo”
ou é para revalidar que na verdade “ eu te amo” toda uma existência,
e que estivemos em todas as vidas juntos... eternamente.

Ari Mota


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

ACAUTELE-SE


Acautele-se das imposições sociais...
Nem todas as tendências enaltecem o caráter,
saiba nutrir suspeita... crie a duvida... duvide de regras coletivas,
estabeleça uma consciência intima, não terceirize os sentimentos,
eles são instrumentos do seu existir... são seus segredos, sua força.
Abandone o olhar dos críticos, dos que patrulham o seu viver,
tenha um olhar para você, para o seu caminhar.
Retire-se dos holofotes, escape dos que te vigiam.
Encontre-se... volte-se para dentro.
Cometa um desatino pela manha... caia em desvario,
olhe para o espelho e diga “eu me amo.” E reflita...
Quanto tempo eu não me amo? Quanto tempo eu não me olho?
Quanto tempo eu escondo atrás de maquiagens, de perfumes,
quantas mascaras troco ao dia... para esconder da minha própria face,
qual foi a ultima vez que eu falei comigo mesmo?
Tens... cedido o seu olhar para o mundo, e não consegue ver-se por inteiro.
Tens... destinado tempo integral aos outros e nega um tempo para a sua alma.
Tens... terceirizado os seus afetos, seus amores, seus encontros.
Tens... mecanizado o seu olhar... tornou-se autômato no abraço.
Acautele-se... não terceirize o amor.
Olhe com ternura...
E que no silencio da noite possa te encontrar.


Ari Mota

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ESTRELAS EM FESTA



O universo... anos atrás concebeu duas estrelas.
Ambas nasceram no mesmo dia, com diferença de dois anos uma da outra.
Elas resplandecem no firmamento da minha vida.
São estrelas livres e de brilho próprio... são luzes no meu caminho.
Irradiam beleza, suavidade e amor.
Fizeram da minha existência um espetáculo indescritível.
Cintilam mais que o sol, iluminam minha alma, brilham nos meus olhos.
Transitam no meu cotidiano com leveza, mas possuem forças de um guerreiro.
Combatem seu dia com esmero, delicadeza e com destemor.
Um tem formação em humanas, o outro em exatas.
Diferem apenas na concepção das coisas, mas são iguais no amor.
Essas estrelas são os meus filhos: Thaty e Bruno... fazem aniversário... hoje.
São filhos do amor, da convivência sóbria, da relação destemida, da cumplicidade.
São filhos da reengenharia do afeto e da compreensão... são esperanças.
Minha alma em festa celebra esta sinergia de pais e filhos.
E reverencio o destino por permitir conhecer e conviver com estrelas desta grandeza.
E felicito a vida por amá-los.
P
   A 
      R 
         A
            B
               É
                  N
                      S               Ari Mota

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PREPARE-SE



Quando a vida bater abruptamente em sua porta, prepare-se,
as vezes ela não tem hora, chega nas madrugadas, ou em noites enluaradas.
Vez por outra... esmurra com tamanha força, que faz tremer a alma,
não a tema, não saia desesperado pelos fundos... pedindo socorro,
não fique encolhido no canto do seu quarto... esperando ajuda,
não esconda o rosto, fechando com as mãos os olhos, não tenha nenhum receio,
aprume o peito, torne senhor de si, assuma a sua essência, sua estrada,
e as vezes e sempre, ela o quer apenas como companheiro,
não fuja e nem procure atalhos.
Tome sobre si o seu destino, encarregue-se dos seus combates.
Saia... afronte os seus medos, pule sobre seus abismos, sobre seus fantasmas.
Quando a vida bater sutilmente em sua porta, acalme-se.
Ela sempre vem nos buscar e nos incumbe de missões quase impossíveis,
não a tema... ela o convocará, e terás que opor resistência a forças invisíveis,
não fique temeroso em combater ou transformar-se em guerreiro,
ela... irá dispor de recursos para que você sobreviva.
Você receberá algumas armas imaginárias para combater o desamor.
Ela... lhe proporcionará gestos de ternura, para você distribuir abraços,
lhe dará compreensão, para você regar o mundo com amor,
dará uma estrada para que você transite carregado de verdade,
e o mais importante...lhe dará a escolha... ser feliz ou não.
A vida quando bater em sua porta, só irá lhe pedir ajuda,
para que faça desde planeta um lugar melhor.

Ari Mota

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A AGENDA DA VIDA



Quando despertei para a vida,
imaginei que ela caberia em uma agenda,
e que era necessário só abrir a pagina do dia, e viver os afazeres.
E assim inicie minha trajetória.... e agendei o dia seguinte.
Recordo-me muito bem, achei que preciso era... somente sonhar,
e na inocência... na pureza do olhar... a preenchi para toda a minha vida.
Meu primeiro compromisso com a existência: “hoje tenho que ser feliz.”
Puro devaneio de menino... delírio de adolescente... quimera de juventude.
Agendar a vida... e ser feliz... pura fantasia, extrema utopia.
Obviamente... que em meu caminho encontrei pedras... e foram muitas,
ouve dias em que nem a agenda encontrei, a deixava pelo caminho,
os combates eram tamanhos, que a perdia pelas ruas e avenidas que passei,
não foi possível agendar absolutamente nada, corria desesperado pela vida.
Dia desses... em retrospectiva, encontrei a agenda da minha vida,
conquistei alguns sonhos, outros tantos nem sequer aproximei.
Hoje...
Na descoberta, e no alvorecer da minha plenitude,
tenho certeza que meu primeiro compromisso com a vida,
“hoje tenho que ser feliz” sustentou-me em todas as batalhas,
suportei todos os combates.
Agendei minha vida para ser feliz...
Eu e minha alma pactuamos ter esse compromisso pelo resto de nossos dias.

Ari Mota